MOMMY, DADDY, ME

O PROCESSO

Mommy, Daddy, Me começa com um troca de cartas entre a artista sua mãe e seu pai. Nessa troca Veridiana tenta expor a possibilidade em amar dois homens e cultivar relações amorosas com ambos. A reação familiar grita as estruturas sólidas da monogamia e da familiar nuclear enquanto construções naturalizadas. A partir dai a artista envia as cartas para especialistas (uma antropóloga, uma historiadora da arte, uma feminista/ativista/escritora, um biólogo evolucionista, um filósofo em ética e uma psicanalista). Cada profissional interpreta e comenta a troca de cartas a partir de sua perspectiva. A artista convida cinco performers e orienta que cada um aprenda a perspectiva de cada profissional afim de atuar tais perspectivas durante uma performance.

A PERFORMANCE

O público entra em um teatro vazio; uma caixa preta. Todos sentados no chão. Veridiana dá as boas vindas e performa a troca de cartas entre ela sua mãe e seu pai. Enquanto performa organiza uma mesa de jantar tipo essas de casamento. A pianista argentina Lea, uma mulher trans, adentra no espaço e toca piano durante a encenação que ganha um tom de cabaré. A performance “termina” e o público é convidado para un jantar. Todos sentados. Jantar servido. Os performers, em anonimato, iniciam uma conversa a partir da perspectiva dos especialistas que durante o processo reagiram às cartas. O público se anima e a conversa vai longe.

(performed at Workspace Brussels 2014 – Beursschouwburg and Le Brigittines Brussels/BE)